Mickey tinha 4 anos quando a sua tutora*, Darlene, pediu para comunicar com ele.
Darlene sentia-se desesperada com um comportamento de rebeldia que persistia há quase um ano.
Mickey urinava e defecava por toda a parte da casa mas em especial no quarto dos seus donos.
Até há um ano atrás, ele ia à sua caixinha e tinha práticas de higiene regulares.
Darlene já tinha recorrido a medicação mas infelizmente não teve qualquer resultado.
Na comunicação, Mickey reporta que aquele comportamento estava relacionado com o marido de Darlene, Jorge.
Mickey estava comprometido em ajudá-lo, a sua missão era dar-lhe apoio energético e por isso ele estava a somatizar um problema emocional de Jorge que já se arrastava há um ano.
A causa desta somatização no Mickey era a frustração contínua que Jorge sentia no seu emprego. A solução sugerida era desvincular-se daquele trabalho pois o seu ciclo de aprendizagem naquele local já tinha terminado.
Mas o medo do desconhecido, a resistência à mudança e perda temporária de recursos económicos de Jorge impediam-no de sair.
Se um animal está na nossa vida, ele tem uma determinada missão e é porque precisamos de ajuda para a realizarmos. Nunca é um processo fácil e simples.
Após dois meses de grande introspeção, Jorge ganhou coragem e despediu-se.
Quinze dias depois, Darlene e Jorge voltaram a contactar-me para comemorarmos juntos o facto do Mickey ter voltado a fazer as suas necessidades somente na sua caixa de areia!
Os animais são almas de amor incondicional e verdade.
A ignorância humana persiste em maltratar os animais quando eles na verdade estão apenas a tentar dar-nos uma mensagem e a espelhar os desafios que os seus tutores estão a viver internamente.
*Uso a terminologia "tutor" pois considero "dono" um conceito limitador e não realista.
Na realidade não somos donos de nada nem ninguém nesta vida, nada possuímos mas somente usufruímos.
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