quarta-feira, 3 de setembro de 2014

2 mulas, 1 burro... e a despedida de um gato

Residente há dois anos numa herdade da Beira Baixa, a Joana quis adoptar duas mulas (Nala e Nilza) e um burro (Zico) para se juntarem aos muitos cães e gatos já lá instalados.
Tudo começou bem mas agora uma das mulas de nome Nilza e o burro Zico mostravam sinais de querer destruir tudo à sua volta - sebes, muros, nada escapava.


Desesperada, Joana quis saber porque faziam eles aquilo e a mula Nilza comunicou que a sua dona não aguenta mais as restrições daquela herdade, que se sente enclausurada e por isso quer destruir tudo o que a limita.
Já o Zico sente-se como uma realeza e por isso quer mandar sozinho no seu território. Quer ter tudo à sua maneira por isso nem a Nala nem a Nilza escapam às suas diabruras e imposições.

A Joana assumiu assim a "claustrofobia" que sentia de há uns meses para cá relativamente aquele projecto que tinha. Sentia necessidade de comandar a sua própria vida e um desejo cada vez maior de se libertar dos projectos que começou nesta herdade mas que não se estavam a tornar viáveis nem rentáveis.
Ela aceitou que eles a espelhavam e comprometeu-se a trabalhar psicoterapeuticamente todas estas dificuldades para que todos melhorassem.


Eis que, aquando a nossa despedida, aparece subitamente um dos seus gatos chamado António a evidenciar uma grande dificuldade respiratória, a língua toda roxa e cheia de saliva. 
Joana não sabia o porquê destes sintomas súbitos e em minutos António morreu quase instantaneamente à nossa frente.
Ficámos arrasadas...

Enquanto lhe doava todo o amor que podia através da energia reiki e tentava ver o que se passava naqueles minutos imediatos após o seu aparecimento, ele comunicou que veio até mim para mostrar à sua dona Joana a urgência que ela tem de perdoar a sua irmã. 

O António tinha acabado de morrer para dar mais uma oportunidade à sua dona para praticar o amor incondicional que adiava há muito tempo.
Em choque, Joana gritou aos céus que iria perdoar a sua irmã Telma, que iria tentar perdoar aquilo que ainda considerava imperdoável...  






 
"António"









Despedi-me da Joana e apesar de sentir uma angústia enorme com tudo o que tinha acontecido, estava com o coração cheio por assistirmos a mais uma profunda lição. 

Joana vivenciou o amor incondicional ensinado por um espírito de Luz. 
Por ele começou a caminhar no sentido da sua evolução e libertação rumo ao perdão e paz.

     

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