domingo, 1 de março de 2015

Ser ou não ser vegetariano, eis a questão!

"A cadeia alimentar é uma realidade, mas questiono-me por diversas vezes por que é que a inteligência humana, que já disponibiliza viagens espaciais de turismo, ainda não inventou uma forma de alimentação que não se baseasse na morte?
Por um lado argumenta-se que não há suficiência vegetal no planeta para alimentar a humanidade se todos fôssemos vegetarianos, além de que é sempre necessário um equilíbrio para a maioria dos sitemas biológicos.
Por outro, contra-argumenta-se que quem detém o monopólio da terra e dos recursos não tem grande interesse na produção de vegetais para alimentar os seres humanos, mas sim para alimentar animais de produção, pois esta constitui-se como uma atividade muito mais lucrativa que a agricultura.

Que pensam disto os animais de produção?










Eles ensinaram-me que há animais que vêm servir a humanidade ao permitir-lhes o sustento e a saúde! 









Em relação ao vegetarianismo, os animais comunicaram também que não é prova imprescindível do nosso amor e respeito por eles pois eles continuarão a ser mortos de qualquer forma, nos matadouros dado que muitos dos sete mil milhões de pessoas ainda não passam sem o seu "bifinho". 
Muitos ainda nem sequer são conscientes da causa animal. 
O vegetarianismo deve ser praticado pela nossa saúde e pela nossa verdade.
Se a nossa verdade for não compactuar com os maus tratos, deixamos assim de consumir carne. São os maus tratos e as atrocidades humanas que magoam o coletivo animal.

Durante o meu curso de medicina veterinária, frequentei vários matadouros. Assisti a mortes traumáticas para os animais. Percebi que não conseguia mudar o mundo para que as mortes fossem limpas e honrosas por isso a única estratégia que tive foi não ingerir mais aquela crueldade porque se entrava no meu organismo, entrava no meu coração.

Se você levasse um choque eléctrico para morrer sem compreensão prévia, não acha que sentiria um susto e uma dor enorme no momento da sua morte? E esta é uma das mortes menos bárbaras que se praticam.
Tenho a certeza de que, para além da dor e desolação que sentiria, a nível orgânico, iria libertar imensas substâncias relacionadas com o estresse e trauma do momento. É isso que acontece com o animal, que liberta nesse momento essas substâncias traumáticas para a sua carne que depois é consumida por nós.






Expliquei ao longo do livro "Conversas com animais" que eles sentem tudo, que são hipersensíveis. 



O que sentirá então um animal naquele momento?










Os animais que são criados para serem consumidos deveriam ser tratados com consciência superior e honrados de igual forma ou ainda mais que aqueles que nos fazem companhia.
Eles são sacrificados para a nossa sobrevivência, são o apoio para a nossa vida no planeta e continuam persistentes com o seu propósito apesar de toda a crueldade.
Se quiser continuar a consumir carne tente-o da forma mais inócua, digna e respeitosa para os animais para que o seu coração possa ficar mais em paz.
Nem sempre é fácil sabermos de onde vem e como foram abatidos esses animais, mas se nos tornássemos todos atentos a isso, talvez as mudanças começassem a ocorrer mais rapidamente."

Eu fiz a minha opção nesta matéria.
Não julgo nem ataco quem continua a comer carne pois se os animais não julgam, quem sou eu para julgar quem quer que seja? 
Julgar e criticar o outro são as ferramenta preferidas do Ego que adora sentir-se superior e "com razão".
Com esta partilha é bom recordar duas frase que me acompanham - uma de Dalai Lama e outra de Jesus:






“Ter verdadeiramente compaixão implica ter compaixão tanto pelo cão, como pelo homem que lhe bateu.” (D.L.)





“Não é o que nos entra na boca que nos mata, mas sim o que nos dela sai…” (Jesus)

2 comentários:

  1. Eu sou vegetariana a muitos anos e não poderia ter tomado decisão mais nobre e inteligente na minha vida! Desde criança eu chorava muito quando minha mãe me levava no açougue e via aqueles homens de branco carregando aqueles corpos sem vida para nos servir de alimento! Ficava dias sem comer carne e mesmo depois de adulta, quando eu lembrava do sofrimento deles, a carne começava a enrolar na minha boca e no mesmo instante eu jogava! Hoje sou vegetariana e não sinto falta alguma de carne, agora posso colocar minha cabeça tranquila no travesseiro, por não colaborar com os assassinatos destes anjos! Um grande abraço Marta!

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  2. Durante cerca de 20 anos o acto de consumir carne consumia a mim. Reduzi o consumo, passei a consumir apenas peixe, depois somente nos fins de semana. Até que senti, no meu coração, que não fazia sentido em comer de vez em quando, ou escolher um animal para sacrificar. "É este que deve morrer". Eu teria coragem de fazê-lo se colocassem as opções, vivas, a minha frente? Eu seria capaz de matar um animal? Não...eu só os comia porque escolhia ignorar o que se passava, ignorava o sofrimento e a morte. Só os comia porque os via já expostos no mercado aos bocadinhos. No documentário Cowspiracy o jovem Kip Andersen diz: "Se não sou capaz de fazê-lo, não quero que ninguém faça por mim". Esta frase atingiu meu coração como uma flecha.
    A opção de ser vegan foi um bálsamo à minha alma, um alívio do qual eu sequer sabia antes o quão importante seria. Não sou uma activista, não penso mudar o mundo, apenas não quero ser responsável pelo sofrimento de nenhuma forma de vida. Às vezes olho para meu amado cãozinho e lamento que outros animais não possam ser assim amados e respeitados, uma vez que todos são capazes de amar, de sentir afecto e apego. Lamento elegermos apenas os cães e gatos para amar e outros para sacrificar...Nada disso faz mais sentido para mim e, quando penso no sacrifício diário de tantos animais, de corte ou de leite, sinto verdadeira dor...No entanto, esta sensibilidade só me faz perceber que sou humana, e que desenvolvi a sensibilidade e o amor que os bichinhos sentem sem que seja necessário nenhum aprendizado. Apenas precisam ser amados.

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