Chegou à localidade e foi adoptado por toda a comunidade.
Mais um cão abandonado como tantos outros, é o nosso pensamento imediato.
Doçura e meiguice que cativaram um povo que agora lhe estende tapetes e mantas por todo o lado para que o frio ou a noite sejam mais fáceis de suportar.
Acompanha todos, parece conhecer aquele local como ninguém e prefere estar nas missas, nos casamentos e funerais.
Pessoas retratam que o cão vira-se para o altar-mor, olha para o Santíssimo, baixa a cabeça, volta a levantá-la, repetindo o gesto e sai de seguida.
Uns dizem que ele imita os cristãos ao abandonarem o templo.
Outros dizem que é a reencarnação do espírito de alguém que já viveu naquela vila pois ele comporta-se como um ser humano em situações inimagináveis.
(adaptado por Marta Sofia Guerreiro do jornal "O comércio de Baião")
Estreio assim o blog com um animal que se curva perante o Divino e que suscita questões existenciais em tantos humanos.
Há quem pergunte naquela vila se não é ele a reencarnação de um padre!
Existe reencarnação nos animais sim mas com todo o respeito ao Budismo, ainda não tive nenhuma experiência de comunicar com um animal que já tenha sido humano anteriormente e vice versa.
Mas já conheci animais que viveram vidas anteriores perto de humanos com vidas de profunda devoção e fé. E naturalmente estão "familiarizados" e perpetuam esse reflexo.
Porque os animais são isso - amor incondicional em reflexo.
E agora sou eu a curvar-me perante estes grandes seres que já começam a ser reconhecidos pela missão que trazem. Refletir-nos e ficar com as nossas doenças.
BEM VINDOS!